Lições de Barcelona x PSG na preparação para Concursos Públicos – parte 1:

Entenda como um jogo de futebol pode te ajudar na preparação para Concursos públicos

 

Amigos do Portal RA,

Quem acompanha futebol internacional certamente viu (ou ouviu falar), nos últimos dias, do incrível feito do Barcelona – o clube catalão conseguiu, diante do (também excelente) time do PSG uma das maiores reviravoltas já vistas no esporte mais popular do mundo.

Esses episódios marcantes da história esportiva sempre trazem lições e conceitos que podemos implementar em nossos afazeres diários – e isso independe de você gostar ou não de futebol.

O importante aqui é você buscar entender o que está por trás desses grandes feitos esportivos – não precisa sequer parar para assistir ao jogo/evento em si (afinal, a sua prioridade é dedicar o tempo livre aos estudos). Atente para os conceitos e valores envolvidos nessas conquistas e busque aplicá-los na sua rotina.

Nessa série de postagens, falaremos sobre alguns dos ingredientes que permitiram que o impossível acontecesse diante de nossos olhos – o objetivo, aqui, é permitir que você crie familiaridade com esses conceitos e seja capaz de transplantá-los para o seu dia-a-dia, criando uma cultura de preparação em alto nível capaz de te fazer alçar vôos mais altos inclusive na seara dos concursos públicos.

Para isso, dividiremos essa postagem em quatro partes: tudo isso de forma a podermos refletir, em cada uma delas, sobre fatores que fizeram a diferença na “hora decisiva” – conceito que pode servir para um jogo de futebol, mas pode também servir para uma prova de concurso.

1ª LIÇÃO – SENSO DE URGÊNCIA

O contexto do jogo era bem claro: após levar um “chocolate” do PSG no jogo de ida (4 x 0) , o Barcelona precisava, no mínimo, fazer um placar igual no jogo de volta – o que levaria o embate para a prorrogação.

Num cenário mais provável, em que o PSG marcasse um gol, o Barcelona precisaria de 6 (seis) gols para conseguir a classificação – e foi exatamente isso que aconteceu no mundo real. Não havia, portanto, outra opção que não “se lançar com tudo ao ataque” – seja no cenário do 4 x 0, seja no de 6 x 1, o Barcelona precisava ir para cima.

Por outro lado, o PSG poderia desfrutar da grande vantagem obtida no jogo de ida – o que já indicava, antes do jogo, uma postura mais cautelosa.

O que vimos em campo, quando o jogo começou, por parte do Barcelona, foi uma das maiores demonstrações de senso de urgência que o futebol já viu: desde o apito inicial, o Barcelona se lançou ao campo de ataque como alguém faminto por um prato de comida.

O time brigava por cada bola como se fosse a última – e o resultado dessa “fome” apareceu bem rápido: foi essa postura que permitiu que o clube fizesse o primeiro gol da partida já aos dois minutos do primeiro tempo – o que lhe franqueava um jogo inteiro pela frente para buscar a goleada salvadora, sem aquele peso do “só vamos começar a jogar bem quando o primeiro sair”.

Quem parar para assistir esse gol vai notar que ele não saiu de uma jogada trabalhada e rebuscada tecnicamente – foi um daqueles lances típicos de pura vontade, em que uma bola aparentemente sem rumo acabou se convertendo no início de uma grande jornada.

SENSO DE URGÊNCIA NA PREPARAÇÃO PARA CONCURSOS

Desenvolver o senso de urgência é, certamente, um dos ingredientes mais importantes na preparação para concursos – por mais que referido processo de preparação sempre possa ser comparado a uma maratona, é vital que você tenha em mente que cada certame aberto é uma oportunidade única de conseguir o seu objetivo.

Existe uma máxima no meio de que “é muito difícil estudar sem edital na praça”. De fato, a atmosfera com o edital lançado é bem diferente daquele estudo pré-edital. Resumindo a ópera: o normal é que o senso de urgência só seja ligado com a publicação do edital.

No entanto, o candidato que se mostra capaz de ligar o senso de urgência antes desse momento invariavelmente será capaz de fazer uma preparação mais sólida – o que trará, ao fim e ao cabo, resultados expressivos e em uma base consistente.

Assim, é importante desenvolver esse “auto-conhecimento” a fim de avaliar se o seu senso de urgência está ligado – e, caso não esteja, o que estaria faltando para que isso aconteça.

O “clique” para o senso de urgência na preparação para concursos pode vir de várias formas/fatos. Pensemos em alguns exemplos:

– Um indivíduo, após acumular uma reserva financeira ou se formar, decide se dedicar integralmente aos estudos. Ele sabe que a reserva financeira/gás de recém-formado não durarão para sempre – logo, irá buscar a aprovação o mais rápido possível;

– Após muito tempo esperando por determinado concurso, a constituição da banca examinadora do certame que o candidato almeja finalmente é divulgada (nas últimas semanas, podemos lembrar do TCE-PE, do MPU, e do TRF-5) – esse é um sinal forte de que o edital será publicado em breve.

– O indivíduo resolve “bater o pé no chão” e dizer que chegou a hora de ser aprovado num concurso; passa a cortar atividades supérfluas da sua rotina de forma a se dedicar por mais tempo e com mais qualidade ao seu processo de preparação;

– O edital é publicado – aqui, a tendência é que todos os candidatos liguem o seu senso de urgência, mas a experiência mostra que aguardar por ela não é a melhor opção – além de o tempo entre o edital/prova geralmente ser curto (cerca de 3 ou 4 meses), os fatores emocionais também tendem a pesar mais quando o edital já está na praça. Assim, o candidato que ligou o seu senso de urgência em um momento prévio acaba sendo beneficiado.

Independentemente de qual seja o gatilho escolhido, é importante que você atente para ligar o seu próprio senso de urgência o quanto antes – muito embora você não precise escrever uma história da dimensão que o Barcelona escreveu nessa partida, as aprovações em concursos virão à medida que você seja capaz de desenvolver esse traço de comportamento e projetá-lo no seu processo de preparação para o concurso visado.

Abordado o conceito de senso de urgência, passaremos, na próxima postagem, para outro fator fundamental nessa vitória épica: o de profecia autorrealizável.

Até lá!